Os cientistas desenvolveram um novo modelo para avaliar a troca de nitrogênio entre a atmosfera e a biosfera com base em observações feitas no ATTO. Este modelo inclui parâmetros que controlam tanto a deposição de nitrogênio quanto as emissões em florestas tropicais.
Nitrogênio no meio ambiente
Desenvolvimento de um modelo bidirecional
Robbie Ramsay e seus colegas mediram os fluxos de nitrogênio (principalmente NH3 e NH4+) no ATTO. Este local remoto proporciona a oportunidade de coletar dados livres de poluição agrícola e em um local de floresta tropical com condições meteorológicas únicas. Os pesquisadores coletaram dados de um mês inteiro na estação das secas com resolução horária, além de diversos parâmetros meteorológicos. E, de fato, a equipe encontrou transporte bidirecional: por um lado, a deposição de nitrogênio ocorre nas superfícies das plantas, removendo-o da atmosfera. Por outro, os autores também encontraram emissões. Os dados indicam que podem as emissões podem ser oriundas dos estômatos das plantas uma vez abertos para a fotossíntese.
Os cientistas então usaram os dados coletados para desenvolver um modelo que simularia suas observações. Esses modelos locais e regionais são necessários para quantificar quanto nitrogênio é depositado da atmosfera na floresta amazônica e quanto a floresta emite de volta. Modelos anteriores usaram umidade relativa ou déficit de pressão de vapor para simular a troca de superfície. O modelo de Robbie Ramsay e coautores, em vez disso, utiliza um novo parâmetro de umidade foliar que captura a variação com maior precisão e define um conjunto de parâmetros necessários para capturar a variação nos dados obtidos no ATTO.
O estudo “Measurement and modelling of the dynamics of NH3 surface–atmosphere exchange over the Amazonian rainforest” por Ramsay et al. está disponível no Open Access em Biogeosciences.
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